Um zangão fora visto de ferrão para o ar e a rolar no chão com uma operária, na hora de produção da cera. Disseram as línguas beras que eram amantes. A abelha rainha levantou-se de rompante e mandou chamá-los para os matar. A operária encolheu as asas, mas o zangão entrou na sua casa dando ar de sua graça e, antes de a rainha falar, pôs-se logo a explicar: "Peço perdão, querida rainha, há aqui confusão, sou um zangão muito sério e não cometo adultérios nem nada que se pareça. Queira Sua Alteza reconsiderar a sua sentença pois acabo de salvar esta operária da morte". Tentando a sua sorte, contou o zangão: "Foi um grande espalhafato, jamais se vira tal caso!". A pobre operária, a meio do seu trabalho, caíra num favo muito farto ficando encharcada em mel desde o topo das antenas até à ponta do ferrão e então o zangão entrou em acção. Fora uma verdadeira aventura: agarrara a operária pela cintura, mas também ele ficara encharcado. E o resultado fora ficarem os dois colados! Finalmente, sendo o caso urgente, resolveram comer o mel um do outro, o que implicara um enorme esforço por parte da operária e do zangão. A abelha rainha deu um grande sermão e, para acabar com a confusão, mandou a operária trabalhar e o zangão passear.
Coitadinha da rainha, mal sabia ela que esta era apenas a primeira donzela a apaixonar-se pelo zangão que, exibindo o seu ferrão, tinha conquistado o coração de todas elas. Por conseguinte, no dia seguinte, o zangão voltou à colmeia e volta e meia lá foi visto com outra operária, de ferrão para o ar e a rolar pelo chão, na hora de produção da cera. Era deveras uma questão bem séria e a seguir foi a tragédia! Quando a abelha rainha os mandou chamar para os matar, todas as abelhas se atiraram para o mel para salvarem o zangão da sua punição. E o zangão, em vez de socorrer as abelhas, esticou as asas e as antenas e pôs-se a voar dali para fora. Ora ora, coitadinhas das donzelas que morreram afogadas no seu próprio mel. E coitadinha da rainha que chorou noite e dia pelas suas filhas. Quem sobreviveu disse adeus à colmeia vazia e Sua Alteza, cheia de firmeza, ia a sair do palácio quando chegou o zangão armando a confusão: "Peço a sua atenção, cara rainha! Tenho um plano para esta colmeia: dou-te um milhão de filhos e dividimos o reino a meias!". Não tendo à mão outra solução, a rainha aceitou a proposta do zangão. Jamais se assistira a tal caso pois naquela colmeia, agora cheia de abelhas, havia um zangão que reinava.
(Receita: para conquistar uma mulher e respectivo reino junte uma colher de mel e um beijo. Mexa bem em lume brando até a massa ganhar consistência. Sirva quente.)
Coitadinha da rainha, mal sabia ela que esta era apenas a primeira donzela a apaixonar-se pelo zangão que, exibindo o seu ferrão, tinha conquistado o coração de todas elas. Por conseguinte, no dia seguinte, o zangão voltou à colmeia e volta e meia lá foi visto com outra operária, de ferrão para o ar e a rolar pelo chão, na hora de produção da cera. Era deveras uma questão bem séria e a seguir foi a tragédia! Quando a abelha rainha os mandou chamar para os matar, todas as abelhas se atiraram para o mel para salvarem o zangão da sua punição. E o zangão, em vez de socorrer as abelhas, esticou as asas e as antenas e pôs-se a voar dali para fora. Ora ora, coitadinhas das donzelas que morreram afogadas no seu próprio mel. E coitadinha da rainha que chorou noite e dia pelas suas filhas. Quem sobreviveu disse adeus à colmeia vazia e Sua Alteza, cheia de firmeza, ia a sair do palácio quando chegou o zangão armando a confusão: "Peço a sua atenção, cara rainha! Tenho um plano para esta colmeia: dou-te um milhão de filhos e dividimos o reino a meias!". Não tendo à mão outra solução, a rainha aceitou a proposta do zangão. Jamais se assistira a tal caso pois naquela colmeia, agora cheia de abelhas, havia um zangão que reinava.
(Receita: para conquistar uma mulher e respectivo reino junte uma colher de mel e um beijo. Mexa bem em lume brando até a massa ganhar consistência. Sirva quente.)