Era um monte que tinha socalcos onde havia vinhas atrás das quais se erguia uma casa cuja fachada amarela tinha quatro janelas de tamanhos diferentes das quais uma estava aberta para fora deixando ver a mulher que tinha dentro a qual estava sentada num sofá tricotando um longo novelo que a filha lhe oferecera a qual tinha pena da mãe cujo marido morrera há pouco tempo o qual era viticultor e bom bebedor o que não era mau nos dias de festa mas que não era bom para a saúde pela qual a mulher rezara todas as noites que eram sempre frias no alto do monte que tinha socalcos onde havia vinhas atrás das quais se erguia uma casa cuja fachada azul tinha uma longa varanda onde se espreguiçava um gato que começou a lamber as patas que lambiam depois o rosto o qual era bonito e meigo à excepção dos olhos selvagens que eram cinzentos como o céu daquela tarde que descia devagar sobre aquele monte que tinha socalcos onde havia vinhas atrás das quais se erguia uma casa cuja fachada vermelha tinha uma porta vermelha por cima da qual havia um telhado de barro por baixo do qual estava um ninho redondo dentro do qual dormiam as andorinhas mais jovens que tinham chegado há uns dias com as andorinhas-mãe que voavam agora à altura da janela amarela que estava aberta para fora deixando ver a mulher que tinha dentro a qual estava de pé acenando para as andorinhas que eram tão belas que a faziam esquecer a morte e agradecer a Deus o qual estava no céu acenando para o monte que tinha socalcos e que vendo toda a sua obra a considerou muito boa.