Em Setembro passou-se isto:
O sol pôs-se de perfil e nós desenhámo-lo na areia.
(Lembro-me que o círculo original era demasiado perfeito para os dedos das mãos.)
No final do desenho, espreguiçou-se o final de uma onda e o sol do chão morreu.
Perguntei: "Que dia é hoje?".
Lembro-me que, nesse instante, a terra acabou. Abruptamente.
Responderam-me: "O primeiro".
Na escuridão entrelaçámos os dedos imperfeitos.
Lembro-me disso.
Desenhámos depois o sol do céu.
E fez-se luz.
Era a rentrée* da vida.
*Para quem não gosta de galicismos, substituir rentrée por recorrência, recriação, repetição ou reticência.