quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Supergigante no México

E agora uma notícia supergigante num texto supergigante!



Via página de Facebook da editora El Naranjo

Disse-me há uns dias a tradutora mexicana Paula Abramo que a sua tradução do Supergigante foi finalista no Prémio Bellas Artes de Traducción Literaria Margarita Michelena 2018 (ata do júri).

Esta tradução primorosa, que eu li e reli, chegou ao México numa edição linda da editora Ediciones El Naranjo, com distribuição por toda a América Latina. Nunca conheci a Paula, mas sigo-a atentamente à distância através do Facebook. Entre muitas outras coisas, a Paula tem traduzido e divulgado tesouros desconhecidos do Machado de Assis! Este mundo é cada vez mais global, cada vez mais próximo, cada vez mais de todos nós, sobretudo graças aos tradutores. O que seria deste mundo sem tradução? Não seria bem um mundo. Seriam imensos mundos isolados. Territórios incapazes de comunicar entre si.

É preciso celebrar os tradutores. Acima de tudo os tradutores literários, essas figuras discretas que circulam nas sombras. Ninguém as vê, mas são eles que nos abrem as portas à literatura de todo o mundo. Trabalham nos bastidores, em silêncio. São praticantes da alquimia linguística, mas quase nunca vêm nas capas dos livros. Além disso, são trabalhadores mal pagos, maltratados, mal tudo.

Valham-nos pelo menos os prémios atribuídos a estas divindades generosas. Lançam a luz sobre o seu trabalho e o seu nome.

Vivam os tradutores literários! Viva a Paula Abramo!