terça-feira, 18 de março de 2014

Aeroporto de Bruxelas

Cheguei. Estou sempre a chegar. Aeroporto de Bruxelas, A 59, A 57, A 55. Welcome to Europe. Uma casa de banho, um bonequinho e uma bonequinha, tenho chichi. Faço chichi e lavo as mãos. O cabelo fora do sítio. Estou tão pálida. Como é que se diz isso em francês? Não há de ser palide. Um tapete rolante e depois outro. É pâle. Vi no dicionário. Vou sempre em frente com as minhas pernas e rodinhas. Dá jeito ter um dicionário no telefone inteligente. Neuhaus, Samsonite, Fine food, Gourmet. A 45. Malas, mochilas, sacos pela mão, carteiras, casacos. Andamos com tantas coisas às costas. Uitgang sortie ausgang exit. Uma seta para ali (Gates B) e outra para cima (One level up). Escadas rolantes. Eu rolo nas escadas rolantes. Feel inspired wallonia. Samsung galaxy - Design your life. Comprei o da concorrência. Terei feito bem? Claro que sim. O que faz aqui um Manneken Pis de chocolate? Um monstro-criança agarrado à pilinha. É horrível. Um cartaz da Calzedonia. Tenho as meias todas rotas. Nothing to declare. E.U. Leio EU e não E.U. Tiro o passe de metro. Sunglasses. Tenho de comprar uns. Para quê? Para nada. Currency exchange. Bus connections level 0. Vou para o nível 0. Sempre a descer até ao nível 0. Não gosto nada de descer. Autocarros Brussels City. Départ en 2 minutes. Acelero o passo. Vou atrás das minhas pernas e rodinhas. Em piloto automático. Num tapete rolante. Sempre em frente. Até à porta de embarque.