Livrei-me dessa cruz.
Saiu-me torta, por acaso. Deu-me um tremidinho na última perna e o risco atravessou o quadrado num solavanco.
Ups!
Ficou uma cruz esquisita.
A culpa não foi da caneta. Foi da minha mão direita.
Grande pateta!
Deu-lhe uma hesitação qualquer, acho. Uma falta de vigor, talvez.
Depois dobrei o papel em quatro.
Vinquei as dobras com as unhas, também elas tortas.
Lá se foi mais um sufrágio universal.
Secreto.
Algo sofrido.
A tiritar de frio.
De entusiasmo.
Ou então de medo.
Não sei.