Se eu fosse uma árvore, seria enorme.
Maior do que as coisas.
E cresceria. Sempre.
Para baixo. Para cima.
Oblíqua. Antígona. Nua.
Em espiral. Trepadeiramente.
Teria os pés na terra. E a cabeça nas nuvens.
O real e o sonho num só corpo.
As mãos seriam espalmadas. Estreladas. Vasculares.
Respiraria profundamente. Até ao final da terra.
Seria naturalmente calada, misteriosa.
Feminina.
E inspiraria o sol inteiro.
Para expirar oxigénio.
E purificar a vida.
Há qualquer coisa de alquímico nisto.