A-ma-re-lo. Sempre gostei da palavra e da cor.
De resto, esteve um belo dia de outono, deixem-me que vos diga. O sol pousou torrado na varanda e eu sentei-me por ali a permanecer. Aproveitei e tirei uma foto aos livros amarelados. Assim:
Nisto topei o vaso das ervas daninhas, onde nasceu uma flor amarela muito pequena. Deve ser uma florzinha lixada para nascer assim, no meio do frio e das plantas beras. Se calhar ela própria é uma espécie invasora. Não sei.
Ao longe, o outono. As folhas das árvores por todo o lado: no chão, nos ramos, a esvoaçarem por aí. Delicadas e amarelas a dar com pau.
Uma amiga tem um casaco amarelo lindo. Eu nunca tive um casaco amarelo, mas tenho um caderno amarelo que tem uma banana na capa. Gosto da expressão francesa "avoir la banane". Nunca usei esta expressão. Algumas pessoas tratam-me por Ana Banana.
Há uns anos fui vacinada contra a febre amarela. Lembrei-me agora. Tenho saudades das páginas amarelas.
E mais nada.
Gostava barés de ter um casaco amarelo.