quarta-feira, 29 de abril de 2015

Prémio Autores 2015 SPA/RTP

Rebenta a bolha!

O Supergigante está nomeado para o Prémio Autores 2015 SPA/RTP na categoria Literatura - Melhor Livro de Literatura Infanto-Juvenil.
As ilustrações velozes do Bernardo P. Carvalho até incharam.

Os outros nomeados são:

Com o tempo (Isabel Minhós Martins e Madalena Matoso, Planeta Tangerina) e
Hoje sinto-me (Madalena Moniz, Orfeu Negro)

Conheceremos os vencedores das várias categorias (cinema, rádio, dança, música, teatro, televisão, artes visuais e literatura) no dia 25 de maio, na cerimónia de entrega dos prémios que será transmitida em direto pela RTP.

Hoje sinto-me... Supergigante... mas Com o tempo... isto passa, não se preocupem.

Parabéns a todos os nomeados!

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Amor ortográfico: Canetas mágicas

Ando com duas canetas extraordinárias na mala.
E para quê andar com as duas?
Não sei.
Se uma falhar, sempre tenho a outra.
É que as minhas canetas extraordinárias têm um poder especial: apagam a tinta sem magoar o papel e não deixam quaisquer vestígios. 
São canetas mágicas, claro! 
Corrigem o passado. Reescrevem a história.
Isto quer dizer que posso finalmente corrigir todos os meus cadernos e ninguém vai dar por ela, a não ser que os metam no frigorífico.
No frigorífico?!
É verdade.
Pelos vistos, as duas utilizam a mesma tecnologia: tinta sensível à temperatura. Aparentemente, o esforço de investigação e desenvolvimento foi grande e o resultado é sobrenatural. O calor gerado pela fricção da borracha torna a tinta invisível!
Nem de propósito, a minha primeira caneta mágica chama-se FriXion e é fabricada pela Pilot. A outra é a erasable pen da Muji. São ambas canetas de gel, ambas Made in Japan, ambas azúis e com bicos perfeitos de 0,5 mm.
O senhor da papelaria onde comprei a FriXion mostrou-me outra possibilidade para apagar a tinta. O método impressiona os mais sensíveis à temperatura e, além de eficaz, é bastante estiloso. Basta agarrar num isqueiro e passar a chama pelo papel. A tinta desaparece.
São canetas de feiticeiro com design japonês. Daí ter duas. Para reescrever duas vezes.
No entanto, se tiver de escolher entre uma e outra caneta mágica, não vou hesitar: prefiro a caneta da FriXion. Dá mais fricção à escrita e inclui um apoio confortável para a ponta dos dedos, o que possibilita uma utilização prolongada. 
Além disso, a borracha de tinta da FriXion é maior e, ao contrário da caneta da Muji, vem agarrada ao corpo da caneta e não à tampa. Isto permite-me mordiscar a tampa da caneta de forma contínua e sem remorsos, o que tem literalmente um impacto positivo no ato da escrita.
A caneta da FriXion tem ainda um corpo de plástico mais bonito do que a caneta da Muji. É menos cilíndrico, menos básico. 
Por último, a caneta FriXion pertence a uma edição exclusiva dos Estúdios Ghibli. Além de poderes especiais e de um apoio para os dedos, contém três Totoros.
É um toque de magia para lá da magia.
Irresistível!

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Rewind, stop, play

De vez em quando parece que engulo a cassete da nostalgia. Fico melancólica e carrancuda. Ando para a frente e para trás, para a frente e para trás.
Foi o que me aconteceu no outro dia, quando vi um leitor de cassetes: os botões volumosos e emperrados, a gaveta de plástico. Carreguei logo no Play e comecei a andar à roda.
Tenho saudades das minhas cassetes. De abrir as capas. De escrever nas etiquetas "R.E.M" ou "Mega mix". De colar canções com fita-cola.
De ficar a ver a música passar de um lado para o outro.
De carregar nos botões.
Rewind, stop, play.
A vida era quadrada e transparente como as cassetes.
O que enrolava de um lado, desenrolava do outro.
E tudo tinha um lado A e um lado B.
A música era para ouvir, ver e tocar.
Depois passou-me esta fita, claro.
As cassetes eram uma porcaria.
Algumas canções ficavam gastas.
E era preciso ter força nos dedos para ouvir música.
Tínhamos mãos desengonçadas como os botões.
Stop, eject.
Bendito século XXI.
É tudo muito mais sensível ao toque. Muito mais sofisticado e eficiente.
Neste momento, tenho centenas de canções no bolso.

Embora meta sempre a mesma cassete.