domingo, 18 de setembro de 2022

Fui e vim

Fui e vim.

Entre uma coisa e outra, estive com amigos, estive com a famelga, sublinhei uns parágrafos da Annie Ernaux, vi um arco-íris, assisti a um congresso na Universidade de Aveiro, fui a Ovar, falei sobre escrita com um grupo muito fixe de professores, fui à festa da Isabéu, pintei os lábios, sambei, abracei os meus pais, joguei às cartas com os meus sobrinhos, jantei em casa do meu irmão, comi um bolo de arroz, comi uma francesinha, comi polvo à lagareiro, dormi noites inteiras, reencontrei a Maria João Lopes, conheci a Sofia Madalena G. Escourido, discuti novos projetos com a Isabel e, last but not the least, tirei esta selfie com o Afonso Cruz. 


Onde me levam os livros: a lugares, a pessoas, a conversas, a hotéis, a outros livros, à existência. Vou de avião, de comboio, de autocarro, de metro, de táxi, de pés, de mãos, de coração.

Escrever não é bem isto. Escrever não é nada disto. Mas às vezes também tem disto. Não é, mas tem. E é tão bom quando tem. 

Esta frase aqui da Annie Ernaux: “Au fond, le but final de l’écriture, l’idéal auquel j’aspire, c’est de penser et de sentir dans les autres, comme les autres (…) ont pensé et senti en moi.” Tau!