A maternidade tem sido e talvez venha a ser para todo o sempre o maior dilema, o maior feitiço, o maior melindre e o maior encanto de toda a minha existência.
Tenho lido livros de outras mães que escreveram sobre isto de ser mãe e também tenho escrito sobre isto de ser mãe. É possível que venha a escrever cada vez mais sobre o tema. Na minha cabeça hei de escrever um romance sobre maternidade, uma coletânea de ensaios, uma epopeia e também uma tragédia grega sobre o assunto.
Para já peguei em coisas do blogue e dos meus cadernos e fiz este conto a que dei o título “A eternidade não basta”. Fui costurando o texto ao longo das sessões do workshop de escrita de não-ficção literária que fiz com a Susana Moreira Marques, autora que muito admiro e que lançou há pouco um livro também sobre maternidade.
Sou amiga da Susana, fã da Susana e agora também sou aluna da Susana.
Durante as sessões lemos, discutimos, ouvimos, escrevemos. No final a Associação Cultural Mombak, centro cultural que acolhe estes cursos e também a revista Pessoa, publicou os textos dos participantes.
Este é o meu.
“Coitada da Ana Pessoa”, lê-se a certa altura. Adoro escrever isto sobre mim própria.