domingo, 30 de abril de 2017

No Luxemburgo!

A convite da Embaixada de Portugal no Luxemburgo, passei uns dias catitas no Grão-Ducado com alunos portugueses do Lycée l'Athénée do Luxemburgo, do Lycée de Garçons de Esch-sur-Alzette e do Lycée technique Mathias Adam em Lamadelaine.
Falámos de literatura, claro, e também desta relação intrincada e nostálgica com o nosso país e com a língua portuguesa.
Numa das sessões, demos tanto à língua, que nos esquecemos das horas. A sessão, que devia ter acabado às 18h, acabou depois das 19h. No final tirámos esta selfie.



Mantendo o espírito de partilha, e depois de alguma negociação, a Cristina levou o Supergigante, a Shana levou a Karateca e a Vanessa a Mary John. Assim, todas poderão ler todos!
Juntos somos sempre mais fortes.
E é tão bom partilhar!

terça-feira, 25 de abril de 2017

A liberdade a subir a rua

A liberdade a subir a rua. Com as suas ancas visionárias, os pés intensos. A mascar pastilha. À escuta. A dobrar a esquina. Sem pressa. Sem frio. Talvez com fome. A liberdade de mochila às costas. De auscultadores nos ouvidos. Com aquele seu ar afogueado de pessoa enlouquecida. A ouvir música. A devorar medos e angústias. A pensar em queijo parmesão. Em manjericão. A liberdade a passar em frente às lojas. Em frente aos bancos e aos pedintes. Em frente às putas. A liberdade parada em frente a uma vitrine. Estática e inteira. Como um manequim. Como uma pessoa de verdade. A liberdade a ver-se ao espelho. A hesitar num pensamento. A tropeçar no passeio. Num sentimento de culpa. A liberdade à espera. A espreitar o horizonte com os seus olhos em chamas. A liberdade a entrar no autocarro. A enviar mensagens no WhatsApp. A ouvir um podcast. A rir sozinha. Às dez da manhã. Ao meio dia. A toda a hora. Permanentemente. A liberdade sempre. Em qualquer caso. Em qualquer lado. A qualquer custo. A liberdade flamejante. Obstinada. Omnisciente. Frágil. Cheia de soltura e de graça. A andar pela vida como se fosse a verdade. Permanente. Constante. Sozinha. Total. Livre.

quarta-feira, 5 de abril de 2017

Feira do Livro Infanto-juvenil de Bolonha

A convite do Hay Festival, estive na Feira do Livro Infanto-juvenil de Bolonha com a diretora da programação infanto-juvenil do Hay Festival, Julia Eccleshare, o editor e tradutor britânico Daniel Hahn e a escritora norueguesa Nina Elisabeth Grøntvedt, no evento "Hay Festival's Aarhus 39 list - a collection of the best emerging writers for young people from across Europe".
Foram dois dedos de conversa bem boa sobre escrita, viagens, tradução e literatura infanto-juvenil.




À tarde passei pelo belíssimo stand da Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, da autoria de João Fazenda, vencedor do Prémio Nacional de Ilustração.




E pousei várias vezes no Planeta Tangerina.



Felizmente ainda deu tempo para dar um abraço a Grace Silva da El Naranjo, editora mexicana do Supergigante.


Mamma mia!
Foi belíssimo!