Quatro poemas:
da esquerda para a direita,
coluna da direita,
coluna do meio
coluna da esquerda.
grandes e inseguras
unhas
curvilíneas
sempre
o medo da folha
branca e vazia
como um princípio
a ponta da vontade
pega na folha
com o final dos dedos
linhas ilegíveis e tremeluzentes
como um princípio
no final
dos dedos
e não
na folha branca e vazia
dobra a folha ao meio
contempla
é agora metade de si própria
dobra
as pontas
da folha
com a ponta
dos dedos
e é agora uma outra coisa
um avião
o final
dos dedos
não acaba