Era uma vez uma caixa de fósforos, onde viviam encarceradas centenas de fósforos que muito raramente viam a luz do dia. Certa manhã de sol e nuvens pequeninas, por obra de um milagre ou de uma mão desajeitada, caíram dois fósforos da caixa que, eufóricos, rebolaram pelo chão da cozinha a festejar a sua liberdade. De seguida, como tinham frio e calor, correram um para o outro e acenderam-se. Ambos ficaram encandeados com a chama admirável que, juntos, emitiam.
Passados dez segundos - mais coisa, menos coisa - morreram.
Moral da história: O excesso de luz embrutece.