segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

A noite das ideias

Imaginem uma noite chamada Noite das Ideias. Uma noite de pensadores, cientistas, economistas e artistas para refletir sobre este nosso tempo. É o que vai acontecer já na próxima quinta, 31 de janeiro, nos cincos continentes. 
Em Lisboa, a Noite das Ideias ocorre na Gulbenkian. Vai falar-se de democracia, populismo, alterações climáticas, oceanos, robótica, família, amor e muitos outros temas dos dias de hoje. 


Eu, que passo tão pouco tempo neste nosso tempo, lá estarei toda nervosinha e desajeitada, a ler um texto sobre contemplação, atenção e tempo que tem como título “Manifesto da imaginação”.

Querem vir trocar umas ideias sobre o assunto?

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

2018

Cá estamos. 2019. Não comi doze passas, não bebi imenso, não vi o fogo de artifício. Fiquei para aqui assim, a enfardar bolo-rei e a pensar no ano que passou.
2018. 
Um inverno muito escuro, um verão muito quente. 
Aretha Franklin, fake news, Facebook. 
O meu filho de madrugada, ao fim do dia, a toda hora.
O Henrique. Meu alicerce, meu moinho de vento.
Andámos na roda gigante. Perdemos um avião. Fomos a Bordéus.
Li uns livros muita bons. Falei com alunos incríveis. De Miranda do Douro. Do Funchal. De Esposende. De Vila Nova de Gaia. Adorei todas as sessões. Adoro escolas. E alunos e professores. 
Estive nas Palavras Andarilhas. Fui picada por uma vespa. Escrevi um livro. Emagreci, mas depois engordei outra vez. Descobri Rachel Cusk. Emma Cline. Juan José Millás.
A Leïla morreu. O Francisco nasceu. O Seedz fechou.
Tive uma crise de costas no verão. Tive um ataque de choro no meio da rua. Tive um ataque de riso ontem à noite.
A torradeira deu o berro. A Živa foi-se embora. A Joana foi mãe. A Luísa também.
2018.
Um ano tão solitário e, ao mesmo tempo, tão habitado.
Tenho tanto sono.
Em 2019 espero dormir mais. 
Isto não é bem uma resolução. É uma intenção. Logo se vê.
Bom ano, malta!


Ilustração do livro “Eu Sou Eu Sei”, Madalena Matoso