...
Leitor 2 – Mas as pessoas podiam deixar de cá vir e pronto.
Leitor 1 – Pois podiam.
Leitor 2 – Aliás, nem percebo como é que continuam a vir, se não se passa nada aqui.
Leitor 1 – Pois, mas já sabes como são os leitores... Afeiçoam-se!
Leitor 2 – Ao blogue?
Leitor 1 – Não, ao sapo.
Leitor 2 – Os leitores afeiçoaram-se ao sapo?
Leitor 1 – Claro. Só ele é que mantém este blogue a mexer.
Leitor 2 – Bem, nesse caso, o sapo deve estar todo contente.
Leitor 1 – Pois deve. Toda a gente o mima.
Leitor 2 – Está mais gordo que eu sei lá.
Leitor 1 – Pois está.
Leitor 2 – A morte de uns é a fartura de outros.
Leitor 1 – Credo! Isso é algum ditado?
Leitor 2 – Não, acho que não.
Leitor 1 – Achas que o sapo está contente com a morte do blogue?
Leitor 2 – Então, não se vê logo?!
Leitor 1 – Opá! Tu queres ver que foi o sapo que matou o blogue?
Leitor 2 – Olha, se calhar foi.
Leitor 1 – Achas?!
Leitor 2 – Acho. Os sapos são do piorio.
Leitor 1 – Mas este sapo é um príncipe!
Leitor 2 – É?
Leitor 1 – É. Está lá escrito. É um príncipe encantado.
Leitor 2 – Então ainda pior. Os monarcas são completamente doidos.
Leitor 1 – Mas que motivo teria o príncipe encantado para matar o blogue?
Leitor 2 – Não sei. Se calhar queria a atenção dos leitores.
Leitor 1 – Ou se calhar estava deprimido.
Leitor 2 – Se calhar.
Leitor 1 – Ou então com fome.
Leitor 2 – Pois. Queres ver que o sapo comeu o blogue?
Leitor 1 – Olha, é bem possível.
Leitor 2 – Pois é...
Leitor 1 – ...
Leitor 2 – Cabrão do sapo.
Leitor 1 – Podes crer.
Leitor 2 – Então, e agora?
Leitor 1 – Agora o quê?
Leitor 2 – Temos de fazer alguma coisa!
Leitor 1 – Pois temos.
Leitor 2 – Mas o quê?
Leitor 1 – Olha, eu vou continuar a dar de comida ao sapo.
Leitor 2 – O quê?! Mas o sapo comeu o blogue.
Leitor 1 – Pois comeu. Estava com fome, coitadinho! Temos de alimentar o sapo.
Leitor 2 – Não! Nós devíamos era matar o sapo!
Leitor 1 – Matar o sapo?! Porquê?!
Leitor 2 – Porque comeu o blogue.
Leitor 1 – Bolas, também não é preciso matar o sapo por causa disso.
Leitor 2 – Achas que não?
Leitor 1 – Claro que não! Coitadinho do sapo.
Leitor 2 – Então, e não tens pena do blogue?
Leitor 1 – Eu não! Que raio de blogue se deixa comer por um sapo?!
Leitor 2 – Sim, tens razão.
Leitor 1 – Era, no mínimo, um blogue fraquinho.
Leitor 2 – Pois era.
Leitor 1 – E, além disso, não dava de comer ao sapo.
Leitor 2 – Pois não.
Leitor 1 – ...
Leitor 2 – Cabrão do blogue.
Leitor 1 – Podes crer.
sexta-feira, 30 de julho de 2010
quinta-feira, 29 de julho de 2010
Olha, este blogue morreu. - Parte I
Leitor 1 – Olha, este blogue morreu.
Leitor 2 – O quê? Não me digas isso.
Leitor 1 – Ai, digo, digo.
Leitor 2 – A sério? Mas eu não dei por nada.
Leitor 1 – Não deste por nada?!
Leitor 2 - Não, não dei por nada. Achava que ele até estava com boa cara.
Leitor 1 – Como assim, com boa cara?!
Leitor 2 – Opá, com boa cara! Na última vez que o vi continuava com uma corzita saudável e até dizia umas coisinhas.
Leitor 1 – Até dizia umas coisinhas?! Há dois meses e um dia que este blogue não diz absolutamente nada.
Leitor 2 – A sério?! Não reparei…
Leitor 1 – Como é possível ver um blogue e não reparar que o tipo está morto?!
Leitor 2 – Opá, nesse dia estava cheio de pressa. Passei por ele, vi-o assim com os olhos muito abertos e parti do princípio de que estava vivo e de boa saúde. Mas afinal estava morto, coitado.
Leitor 1 - Pois estava.
Leitor 2 - Os peixes, quando morrem, também ficam assim, com os olhos escancarados.
Leitor 1 – E cheiram mal como tudo.
Leitor 2 - Quem? Os peixes?
Leitor 1 - Não, os blogues.
Leitor 2 - A sério? Mas o blogue não me cheirou mal.
Leitor 1 - Se calhar, não te aproximaste muito.
Leitor 2 – Pois não. Por acaso, até reparei que ele estava assim murxito, mas achei que podia estar só deprimido.
Leitor 1 – Pois podia.
Leitor 2 – Então, se calhar até estava.
Leitor 1 – Se calhar.
Leitor 2 – Nesse caso, pode não estar morto.
Leitor 1 - Pois, pode não estar morto. Mas também não está vivo.
Leitor 2 - Mas repara que o sapo aqui em baixo ainda mexe.
Leitor 1 – Mas isso é porque as pessoas lhe dão de comer.
Leitor 2 – A sério?!
Leitor 1 – Claro! Tu não dás de comer ao sapo?!
Leitor 2 – Eu não. Nem sabia que se podia dar de comer ao sapo.
Leitor 1 – Podes, claro. Vais lá com o rato, clicas e depois há assim uns mosquitos a voar que o sapo come.
Leitor 2 – E ele come mesmo?!
Leitor 1 – Come, pois. Lança uma língua super rápida.
Leitor 2 – A sério?!
Leitor 1 – A sério.
Leitor 2 – Que giro! Nunca tinha reparado. Então, os leitores vêm cá dar de comer ao sapo?
Leitor 1 – Vêm, claro. Não se faz mais nada neste blogue há dois meses e um dia.
(continua)
Leitor 2 – O quê? Não me digas isso.
Leitor 1 – Ai, digo, digo.
Leitor 2 – A sério? Mas eu não dei por nada.
Leitor 1 – Não deste por nada?!
Leitor 2 - Não, não dei por nada. Achava que ele até estava com boa cara.
Leitor 1 – Como assim, com boa cara?!
Leitor 2 – Opá, com boa cara! Na última vez que o vi continuava com uma corzita saudável e até dizia umas coisinhas.
Leitor 1 – Até dizia umas coisinhas?! Há dois meses e um dia que este blogue não diz absolutamente nada.
Leitor 2 – A sério?! Não reparei…
Leitor 1 – Como é possível ver um blogue e não reparar que o tipo está morto?!
Leitor 2 – Opá, nesse dia estava cheio de pressa. Passei por ele, vi-o assim com os olhos muito abertos e parti do princípio de que estava vivo e de boa saúde. Mas afinal estava morto, coitado.
Leitor 1 - Pois estava.
Leitor 2 - Os peixes, quando morrem, também ficam assim, com os olhos escancarados.
Leitor 1 – E cheiram mal como tudo.
Leitor 2 - Quem? Os peixes?
Leitor 1 - Não, os blogues.
Leitor 2 - A sério? Mas o blogue não me cheirou mal.
Leitor 1 - Se calhar, não te aproximaste muito.
Leitor 2 – Pois não. Por acaso, até reparei que ele estava assim murxito, mas achei que podia estar só deprimido.
Leitor 1 – Pois podia.
Leitor 2 – Então, se calhar até estava.
Leitor 1 – Se calhar.
Leitor 2 – Nesse caso, pode não estar morto.
Leitor 1 - Pois, pode não estar morto. Mas também não está vivo.
Leitor 2 - Mas repara que o sapo aqui em baixo ainda mexe.
Leitor 1 – Mas isso é porque as pessoas lhe dão de comer.
Leitor 2 – A sério?!
Leitor 1 – Claro! Tu não dás de comer ao sapo?!
Leitor 2 – Eu não. Nem sabia que se podia dar de comer ao sapo.
Leitor 1 – Podes, claro. Vais lá com o rato, clicas e depois há assim uns mosquitos a voar que o sapo come.
Leitor 2 – E ele come mesmo?!
Leitor 1 – Come, pois. Lança uma língua super rápida.
Leitor 2 – A sério?!
Leitor 1 – A sério.
Leitor 2 – Que giro! Nunca tinha reparado. Então, os leitores vêm cá dar de comer ao sapo?
Leitor 1 – Vêm, claro. Não se faz mais nada neste blogue há dois meses e um dia.
(continua)
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