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domingo, 1 de janeiro de 2023

Muito muito muito tempo

Resoluções para 2023: ir mais ao teatro! 

A convite do Lu.Ca escrevi uma versão do conto A Bela Adormecida.


Chama-se “muito muito muito tempo”, dirige-se a crianças a partir dos 3 anos e estará em exibição no Lu.Ca nos dias 7 e 8 de janeiro. 


A atriz Anabela Ribeiro tem a cargo a leitura encenada que vai envolver uma cama, um objeto capaz de fazer “plim” (uma campainha? um triângulo? um sino?) e um texto meio destravado que começa assim:


plim

a menina acordou

 

estava muito bem a dormir e de repente

plim

abriu os olhos

 

a menina adormecida

que agora estava acordada

viu com os seus olhos muito abertos

que estava deitada numa cama branca

dentro de um quarto branco

 

mas não viu que a cama branca

dentro do quarto branco

estava dentro de uma casa branca

que tinha uma porta que por acaso não era branca

– era verde –

e um telhado que também não era branco

– era vermelho –

e também muitas janelas que não eram de cor nenhuma

– eram transparentes –

e uma dessas janelas pertencia então

ao quarto da menina adormecida

que já não estava a dormir porque estava acordada

 

plim


Venham, venham! Ainda há bilhetes! Plim.

https://lucateatroluisdecamoes.pt/event/muito-muito-muito-tempo/

terça-feira, 15 de novembro de 2022

FLIC!

Na quinta-feira, 17 de novembro, rumo novamente a Barcelona, desta vez para participar numa das conferências do FLIC, o Festival de literatura e arte infantil e juvenil. Estarei com a autora galega Ledicia Costas numa conversa moderada pelo escritor e jornalista Esteve Plantada. 

E agora espantem-se lá com este multilinguismo ibérico: o português e o galego serão interpretados em simultâneo para o catalão; e, por sua vez, o catalão será interpretado em simultâneo para o castelhano. ¡Genial!


É às 18h45, no Museu del Disseny (Pl. de les Glòries Catalanes, 37, Barcelona).


Bilhetes aqui: https://live.eventtia.com/es/e08e/pro_cat

Programa da Flic aqui: http://flicfestival.com/barcelona/

quinta-feira, 29 de setembro de 2022

Em Vila do Conde!


Entre hoje e domingo está a decorrer a aMOSTR de Edições Independentes em Vila do Conde. O programa inclui feira do livro e do disco, lançamentos de livros, cinema, et cetera e tal.

Amanhã, 30, faço-me ao caminho para participar num debate sobre literatura infantil às 14:30 na Biblioteca Municipal de Vila do Conde, ao lado dos ilustres Isabel Minhós Martins, João Pedro Mésseder e Marta Madureira.

E no sábado, a partir das 21:30, o Teatro de Vila do Conde será palco para uma leitura integral do meu Fósforo pela amazing Capicua, ao som da bateria de Susie Filipe. Oh my! Não vou perder isto nem por nada deste mundo!

Ainda há bilhetes:

https://teatroviladoconde.bol.pt/Comprar/Bilhetes/112854-leituras_amostr-teatro_m_vila_do_conde/?fbclid=IwAR3dbOhly3OwGcOWPNHFtTrWsyrJ_N2TujQ4En-l5QB1piPlaS1ALRfIna0


domingo, 18 de setembro de 2022

Fui e vim

Fui e vim.

Entre uma coisa e outra, estive com amigos, estive com a famelga, sublinhei uns parágrafos da Annie Ernaux, vi um arco-íris, assisti a um congresso na Universidade de Aveiro, fui a Ovar, falei sobre escrita com um grupo muito fixe de professores, fui à festa da Isabéu, pintei os lábios, sambei, abracei os meus pais, joguei às cartas com os meus sobrinhos, jantei em casa do meu irmão, comi um bolo de arroz, comi uma francesinha, comi polvo à lagareiro, dormi noites inteiras, reencontrei a Maria João Lopes, conheci a Sofia Madalena G. Escourido, discuti novos projetos com a Isabel e, last but not the least, tirei esta selfie com o Afonso Cruz. 


Onde me levam os livros: a lugares, a pessoas, a conversas, a hotéis, a outros livros, à existência. Vou de avião, de comboio, de autocarro, de metro, de táxi, de pés, de mãos, de coração.

Escrever não é bem isto. Escrever não é nada disto. Mas às vezes também tem disto. Não é, mas tem. E é tão bom quando tem. 

Esta frase aqui da Annie Ernaux: “Au fond, le but final de l’écriture, l’idéal auquel j’aspire, c’est de penser et de sentir dans les autres, comme les autres (…) ont pensé et senti en moi.” Tau!

segunda-feira, 12 de setembro de 2022

Romance multimodal em Aveiro


Estou que não posso de nervoseira e entusiasmo.👀

Na próxima 5a (faltam 3 dias!!!) eu e o Afonso Cruz (yikes!) vamos conversar sobre isto de escrevermos livros que não são feitos só de palavras. São feitos de quê, então? De conceitos, talvez, de soluções gráficas, de diálogo visual. 

Por exemplo: O texto será diferente se for escrito à mão? O texto será diferente se incluir um desenho? E se ele próprio for um desenho? E se o texto existir, não para ser impresso, mas precisamente para ser desenhado? 

Disto e doutras coisas falaremos eu, o Afonso e também a Sofia Madalena G. Escourido, que estará a moderar a conversa.

Querem vir?

É já na 5a, às 16h30, no auditório Aldónio Gomes (sala 2.1.10) da Universidade de Aveiro. Não haverá streaming nem youtube. É mesmo preciso aparecerem e sentarem-se numa cadeira. Como se fazia antigamente.

A conversa integra o congresso internacional “Fabulae Mutantur: o romance multimodal na literatura portuguesa contemporânea”. 

A culpa de tudo isto é da imparável e multimodal professora Ana Margarida Ramos, que nunca se cansa de investigar, desafiar, convidar e organizar.

Programa completo aqui: https://fabulaemutantur.webnode.co.uk

Andem daí!

sábado, 2 de julho de 2022

Prémio Llibreter 2022

Uau! O meu ego estava a precisar deste afago! 

Larguei a minha fastidiosa vidinha de matrona teletrabalhadora e fui numa missão secreta a Barcelona receber o Premio Llibreter 2022 na categoria de literatura infantojuvenil estrangeira. 

À saída de Bruxelas, com a pressa e a emoção, esqueci-me dos óculos e da escova de cabelo, mas lá fui muito feliz, míope e descabelada para a capital da Catalunha.

Durante as 32 horas em que lá estive, dei três entrevistas, visitei quatro livrarias, recebi um óscar (ver foto), fiz um discurso para uma plateia de 300 pessoas, bebi cava, comi tapas, posei horrivelmente para centenas de fotos, vislumbrei a Sagrada Família a partir da janela de um táxi, não visitei o parque Güell, não comi churros, nem sequer vi o mar, mas estive na conversa com uma grupeta de leitoras altamente, abracei muitos livreiros, autores, editores, professores, leitores e até jornalistas, comprei bastantes livros, encontrei a Mary John em todas as esquinas, assinei uns quantos exemplares e dormi uma noite inteira.




As pessoas perguntavam-me a toda a hora se estava cansada. Eu respondia que esta pausa era um descanso na minha existência doméstica e despertava em mim a pessoa que ainda sou. 

De volta a Bruxelas, e depois de adormecer dois dos três meninos carentes, envio um abraço a todos os nomeados de todas as categorias e também a todas as vencedoras (sim, sim, todas mulheres!), com especial destaque para as compatriotas Rita Sineiro e Inês Castel-Branco (AKIARA books), premiadas na categoria de álbum ilustrado estrangeiro.

E antes que este dia acabe e se transforme num sonho, lanço um enorme obrigada ao Grémio de Livreiros, aos super-livreiros da Catalunha, à tradutora Mercè Ubach (que não tive o prazer de conhecer) e à incansável equipa de L'Altra Tribu: à sempre disponível, afetuosa e guapíssima Marina Llompart, que me acompanhou todo o tempo cheia de cuidados e profissionalismo, à mui embarazada, vistosa e veloz Vanessa Moreno, que não vive bem sem vinho e me ensinou um truque importante para ficar menos mal nas fotos, e à la mega sexy boss Eugènia Broggi (ver foto), com quem troquei ideias sobre literatura e maternidade. 

Fui tratada como uma autêntica abelha rainha, digo-vos. A minha alma parece um pote de mel. 

Partilho este prémio evidentemente com o selvático Bernardo P. Carvalho, que fez da Mary John um livro que é um estrondo, e com a editora Planeta Tangerina, em especial com a maga Isabel Minhós Martins, que me fez repensar e rescrever este livro e me empurrou há muitos anos para este salto que me tem levado a tantas aventuras.

Escrever é um trabalho muito solitário, é verdade, mas quando corre bem, traz consigo uma caravana de gente mui chula. Fogo!

Obrigada, vidinha!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

Para o palco!

Granda malha! 

Por iniciativa do Plano Nacional de Leitura e a pretexto do Dia Mundial da Leitura em Voz Alta, a Mary John subiu hoje ao palco às cavalitas de alunos mui corajosos do Agrupamento de Escolas da Sertã.

O espetáculo “Jogo de cartas” incluiu a leitura de várias cartas, poemas e muitos excertos da Mary John. Partilho aqui algumas fotos dos ensaios e do espetáculo.






Uma produção da Andante Associação Artística que contou com o apoio da Câmara Municipal da Sertã.

Bolas! Vou rodopiar em voz alta. Quem me dera ter lá estado!

quarta-feira, 6 de outubro de 2021

2.o Congresso Internacional de Literatura para Crianças e Jovens (PUC São Paulo)

convite da professora Diana Navas marcarei presença (virtual!) amanhã, 7 de outubro, no 2.o Congresso Internacional de Literatura para Crianças e Jovens, a decorrer na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

Estarei na companhia do escritor e ilustrador Alexandre Rampazo, do professor José Nicolau Gregorin Filho e da professora e ilustradora Juliana Loyola.




Às 9h em São Paulo, 13h em Portugal, 14h na Bélgica, aqui: 


https://www.youtube.com/watch?v=XbXUT7ZYwRc