terça-feira, 15 de setembro de 2020

O Expresso é um bom lugar

 Ontem, no Expresso Curto, Pedro Cordeiro propôs “Aqui é um bom lugar”.

“Na novela gráfica, “Aqui é um bom lugar” (Planeta Tangerina), de Ana Pessoa e Joana Estrela. É uma espécie de scrapbook, galardoado em 2018 com o prémio literário Maria Rosa Colaço de literatura juvenil e recomendável também para idades mais avançadas. Na transição do liceu para a universidade, e fechando assim o ciclo deste Expresso Curto, todos encontraremos aqui motivos de identificação.”

https://expresso.pt/newsletters/expressomatinal/2020-09-14-Das-tripas-coracao-dos-pulmoes-cerebro?fbclid=IwAR0N8q7GPRaz-iTLu8SPO21lW18MnkcjHq56G9QNrPxhfAba_bCtrAUSDug



sexta-feira, 11 de setembro de 2020

“Eu sou, eu sei” no Brasil!

Eu cá, eu lá! Eu cof, eu choc!

Notícia altamente do Brasil:

O álbum “Eu sou, eu sei” recebeu o selo "Altamente Recomendável" da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) na categoria de "Literatura em Língua Portuguesa". 


Todos os anos a FNLIJ seleciona dez livros em várias categorias (criança, jovem, poesia, tradução, etc.) com o objetivo de promover os melhores livros infantis e juvenis publicados no ano anterior. A seleção é feita por especialistas em literatura infantojuvenil de todas as regiões do Brasil.

Numa altura em que é tão difícil existir e crescer no Brasil, é uma alegria ver este álbum para bebés a gatinhar do lado de lá do oceano.

Eu li, eu ri. Eu splash, eu plim!

Foram também incluídos nesta seleção as edições brasileiras de “Um livro para todos os dias” (Isabel Minhós Martins, Bernardo P Carvalho), “Imagem” (Arnaldo Antunes e Yara Kono) e “O dicionário do menino Andersen” (Gonçalo M Tavares e Madalena Matoso).

Planeta Tangerina rules!

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

Escola e cidadania

 O mais velho começou a ir à escola. 

Tem quase três anos e agora também tem uma mochila e uma marmita.

Conheci a educadora à porta da sala de aula, ela de máscara, eu de máscara. Não sei nada sobre ela além do primeiro nome e ela não sabe nada sobre mim, nem sequer o meu primeiro nome. Na perspetiva da educadora, eu sou mãe de alguém. Mais nada.

O mais velho lá fica, com a sua mochila, a sua marmita e o seu primeiro nome. Eu fico a vê-lo, muito pequeno e perdido no meio de outras crianças igualmente pequenas e perdidas, e penso que talvez isto não esteja lá muito certo, que a escola se calhar não devia ser assim tão brusca.

Na verdade não sei como é que estas crianças pequenas e perdidas passam o dia; se riem, brincam, cantam e escutam, se a educadora as trata bem e lhes conta histórias, mas tenho esperança de que assim seja, espero bem que a educadora lhes conte histórias, que saiba imitar as vozes dos animais, que seja criativa, paciente e responsável. Que os miúdos se divirtam uns com os outros, que aprendam uns com os outros.

O que fazer senão ter esperança?

Tenho esperança na escola pública e no ensino obrigatório. Tenho esperança na progressão por etapas, desde a pré-primária até ao nível superior. Tenho esperança também nesta educadora de quem não sei nada além do primeiro nome.

Pode ser uma ilusão minha, uma fantasia, um delírio até, mas o que é a esperança senão um sonho, uma quimera, uma orientação inventada?



Bem ou mal aí está ele, o meu filho em sociedade. 

Vejo-o ao longe e espero que se dê bem na escola, espero que aprenda a ler e a escrever, claro, e também a somar e a dividir, espero que ache importante saber umas coisas sobre rochas vulcânicas, recursos naturais e circuitos elétricos, que se interesse minimamente pelo Império Romano e pela União Europeia, que aprenda a fazer cambalhotas e dê uns toques de voleibol, que adquira noções básicas de Geometria Descritiva, mas acima de tudo a minha maior esperança é a de que a escola faça do meu filho um bom cidadão. Espero sinceramente que a escola seja um espaço de diálogo, reflexão e crescimento. E que nos próximos anos o meu filho aprenda na sala de aula e também no recreio, no refeitório, no ginásio, na biblioteca, no bar e nos corredores da escola que vale a pena acreditarmos em alguma coisa, que a liberdade nem sempre é livre, que a sociedade não é pêra doce, que a lei existe e deve ser cumprida, que ele se deve indignar perante a injustiça, que ele é dono do seu corpo e da sua vontade, que a escola determina muita coisa na vida e o Estado também, que nem sempre vamos concordar com os nossos professores, que nem sempre estaremos à altura do desafio, que nem tudo é consensual nem opcional, que fazemos parte de um momento na história da humanidade, que temos direitos e deveres, que a cidadania hoje é assim e amanhã há de ser outra coisa, que é mais fácil destruir do que construir e que, de vez em quando, convém pôr em causa isto tudo: a escola, a cidadania, a obrigatoriedade. Vejo o meu filho ao longe e penso que se calhar não andamos a fazer isto muito bem. Que se calhar também os adultos deviam ir à escola aprender a ser pais e cuidadores, porque só um bom cidadão pode ser um bom pai, só um bom cidadão pode ser um bom profissional e um bom amigo, um bom artista, um bom condutor, um bom parceiro. 

No emprego, na escola, no café, na fila do supermercado, nos transportes públicos, e até na cama, o que está em causa é sempre a dignidade humana. 

A cidadania não é uma disciplina. É isto tudo. É a nossa quimera. É a nossa esperança. 

É a escola da vida.

quarta-feira, 9 de setembro de 2020

"Desvio" na Revista Blimunda

 Na Revista Blimunda (Fundação José Saramago) escreve Andreia Brites sobre "Desvio":

"A relação do texto com a ilustração de Bernardo Carvalho ganha aqui um valor ainda mais efetivo, já que é da imagem que vivem e se ampliam muitas das sugestões textuais. (...) As duas vozes produzem em uníssono uma pretensa crise existencial de finais da adolescência, sem a voracidade de acontecimentos a pautá-la como progressão narrativa."

Revista Blimunda: https://www.josesaramago.org/blimunda-97-julho-agosto-de-2020/




terça-feira, 8 de setembro de 2020

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

"Desvio" na Vinheta2020

 Chiça! Cum camandro!

A crítica de Hugo Pinto ao Desvio acaba assim:

"Desvio pode muito bem ser uma viragem na banda desenhada nacional e a partida para algo novo e inesperado. Um autêntico desvio, portanto. A leitura deste livro arrebatou-me e considero-o, sem pudores, como um dos melhores livros de banda desenhada que a produção nacional já nos deu. Obrigatório."

Texto integral aqui: https://vinheta2020.blogspot.com/2020/08/analise-desvio.html




terça-feira, 1 de setembro de 2020

Desvio no Público

Digamos que o Desvio está a dar que falar. Entrevista de José Marmeleira a propósito do meu livro mais desviado. Já eu, estava muito penteadinha nesta foto.


https://www.publico.pt/2020/08/30/culturaipsilon/entrevista/cidade-ha-rapaz-espera-aconteca-1929711