segunda-feira, 27 de julho de 2020

Desviem-se!

Desviem-se! A crítica de Pedro Moura começa assim:

“Este título poderá vir a tornar-se num importante contributo para a literatura gráfica portuguesa (...)”

https://lerbd.blogspot.com/2020/07/desvio-ana-pessoa-e-bernardo-p-carvalho.html?m=1


sexta-feira, 24 de julho de 2020

Desvio: Em modo de pausa

Desvio: Crítica de Pedro Cleto no blogue As Leituras do Pedro

“Em modo de pausa

Voluntariamente confinado - embora a obra tenha nascido num tempo em que (ainda) desconhecíamos o termo, o verbo, essa forma de (não) viver - Miguel, lisboeta, 18 anos, está sozinho em casa em Agosto. Os pais foram para as férias (que ele não quis), os amigos para um festival de música (que ele recusou), a namorada pediu-lhe um tempo. Ele, está em pausa. Da vida.

Uma pausa para se (re?)encontrar, descobrir, conhecer.
Uma pausa para tentar saber quem é, o que quer, a que aspira. Situação nada fácil, em qualquer idade, mais ainda quando temos (só) 18 anos, em que às doces e curtas memórias que (já) nos marcaram, fazem face as muitas mais incertezas que nos aguardam, o medo do desconhecido, o receio de falhar - connosco, com os outros… - as ambiguidades da vida, as desilusões vividas, o medo dos relacionamentos...
Desvio é a obra de estreia aos quadradinhos de Ana Pessoa e Bernardo P. Carvalho, dupla com provas dadas ao nível das obras ilustradas. E é também (um)a surpresa editorial deste Verão - a par de A Época das Rosas (a que voltarei) - (ambas) da Planeta Tangerina. Trata-se de uma longa reflexão, simultaneamente interior e exterior sobre aqueles temas, uma longa viagem pelos dias vazios de um adolescente, submerso numa maré contra a qual não consegue lutar, distraído pelos cigarros, os likes nas (ocas) redes sociais, a projecção das relações - familiares, de amizade, românticas… - falhadas, mal geridas ou nem sequer (verdadeiramente) vividas.
Obra de fôlego, com traço agradável e cores vivas estivais, vive sobretudo dos muitos silêncios, dos curtos solilóquios, do mergulho no eu interior de Miguel, no espraiar naquilo que ele observa - tantas vezes sem ver.

Nota final

Parafraseando alguém, apetece dizer que ‘ninguém é uma ilha’. Não o é Miguel - por muito que se confine e refugie, fugindo (de si e) dos outros - nem o é a BD. A BD em Portugal. A edição de BD em Portugal.
A chegada - talvez seja melhor e mais verdadeiro escrever o regresso - da Planeta Tangerina à edição de BD, é - deve ser - por isso uma boa notícia para todos (os que editam BD). Pelo aumento da oferta, pela chegada a outros - aos que já são seus - leitores, pelo mediatismo que os nomes de Ana Pessoa e, principalmente, Bernardo P. Carvalho, vão atrair sobre esta arte.”

Desvio, Bernardo P. Carvalho

terça-feira, 21 de julho de 2020

sexta-feira, 10 de julho de 2020

Mary John no México

A Mary John cresce a olhos vistos no México. Adaptou-se rapidamente ao clima e propaga-se de forma exponencial. Parece uma erva daninha. Ou um vírus.

Desta vez é a blogger Andrea Poulain, 23 anos, que assina uma “reseña” exaustiva sobre a Mary John, na qual reflete sobre o termo “coming-of-age”, a carta de Mary John, a tradução e a ilustração.

A negrito escreveu a seguinte frase:

“Es el libro que le recomendaría a todas las adolescentes del mundo si las tuviera enfrente.”

http://www.neapoulain.com/2020/07/mary-jo-ana-pessoa-resena.html?m=1&fbclid=IwAR0uA38oT5sHXd7HPf39ZdqUPH_0pk8NzypVXbwjC5ygC-uk2wpo_my_cX0


quarta-feira, 1 de julho de 2020

Desvio: o silêncio

No final os desenhos do Bernardo diziam tanto que acabámos por cortar bastante texto. Eis o potencial de uma novela gráfica: o silêncio.


(Nesta imagem em particular, o texto que eliminámos dizia assim: “Como interromper o silêncio?”)

Desvio: o título

No início o título do livro era “Tédio”.
Uma vez o Bernardo enganou-se e escreveu-me um email sobre o “Ócio”.
A certa altura decidimos que o título era “Desvio”.
A partir desse momento passei a encontrar placas de desvios em todo o lado. Muitas vezes as placas estavam tortas ou caídas no chão. Eu ria-me à brava e tirava fotografias às placas. Mas sentia sempre uma dorzinha na alma. E se o universo estivesse a tentar enviar-me um sinal? Uma pista? Um desvio?