Se eu pudesse, também havia de cantar assim, a sacudir a cabeça, deve ser tão bom. A Emiliana tem nome de italiana, mas canta com sotaque islandês. Estive mesmo à frente dela um dia destes:
Dava para lhe agarrar as pernas, mas eu não lhe agarrei as pernas, não sou uma fã enlouquecida. 
Não sou, pois não? 
Claro que não. 
A Emiliana estava mesmo à minha frente e era muito mais alta do que eu, porque é maior do que os comuns mortais e também porque estava em cima de um palco. A Emiliana canta de olhos fechados e a sorrir, acho que está noutro lado qualquer. Eu gostava de ir a esse lugar secreto com a Emiliana Torrini, mas acho que ela não leva lá ninguém, precisamente porque é um lugar secreto. 
Ainda não fui à Islândia, mas hei de ir. 
Para já vou ler o último do Valter Hugo Mãe. 
É o que há.

 
 


