quinta-feira, 4 de setembro de 2014

A ficção e a realidade

Uma personagem passa por mim e eu pergunto-me que idade terá, de onde vem, para onde vai.
Se gosta de caramelo, se usa desodorizante, se bebe café com açúcar ou com leite ou então com cheirinho, se tem animais domésticos, se já roubou a alguém, se já foi amada. E depois pergunto-me por que carga de água fico a pensar numa personagem que nem sequer existe, quando a Europa pondera novas sanções contra a Rússia e o Iraque pede ajuda à NATO.
É como se eu preferisse a ficção à realidade.
Eu prefiro a ficção à realidade.
Mil vezes a ficção.

Eu e a ficção, de mãos dadas pela rua.